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29/10/2012

DESEMPENHO DO SETOR DA BORRACHA E PERSPECTIVAS

A atividade produtiva da indústria gaúcha da borracha deverá iniciar um processo de recuperação a partir do último trimestre de 2012, ingressando em 2013 em um cenário mais favorável, com juros menores e maiores incentivos pelo lado do consumo das famílias, o que levará a economia brasileira a crescer na faixa dos 3% contra 1,2% no corrente ano.
A conclusão é da assessoria econômica do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha do Rio Grande do Sul (SINBORSUL) ao analisar o desempenho do setor e suas perspectivas.
Com base nos dados da Fiergs, o estudo mostra que o pessoal empregado cresceu 6,2% no acumulado de janeiro a agosto deste ano em relação a igual período de 2011 mas as horas trabalhadas tiveram queda de -4,6% no mesmo período.
Por sua vez, a massa de salários teve crescimento acentuado de 46%, o que se deve, em grande medida, à baixa base de comparação, que foi a queda de 10% em 2011. Mas retrata, também, o forte ajuste dos salários que aconteceu no período.
Por outro lado, as compras industriais, que refletem o nível de aquisições de matéria-prima do setor, sinalizam uma queda de -34% nos primeiros oito meses de 2012 comparativamente a igual período do ano findo.
E, de forma contrária à evolução verificada nos indicadores de mercado de trabalho, os dados de faturamento sinalizam uma queda acentuada no ano, da ordem de -10%. Esse resultado reflete uma desaceleração no indicador que já dura 10 meses, e está em linha com o cenário nacional de desaceleração e, no caso do Rio Grande do Sul, devido aos impactos negativos da estiagem sobre a atividade produtiva.
O índice de desempenho industrial do setor, resultante da composição desses indicadores relacionados ao mercado de trabalho e à produção, apresenta uma queda de -0,7% de janeiro a agosto de 2012 frente aos oito primeiros meses do ano passado.
Nesta base de comparação, esse é o segundo ano consecutivo de queda. O ponto positivo, segundo a análise, é que o processo de desaceleração sinaliza para seu fim. Depois do pico de atividade no setor, ocorrido em janeiro de 2011, quando o setor apresentava um crescimento de 12,8% no acumulado em 12 meses, atingiu seu nível mais baixo em abril passado, com queda de 5,5%. Desde então, é possível notar uma recuperação no indicador, mas, mesmo assim, ainda está negativo em 12 meses, na ordem de -2,6%.
Nesse caso, a recuperação tem se dado de forma mais intensa pela via das variáveis relacionadas ao mercado de trabalho do que no que diz respeito aos indicadores de produção.
Finalmente, a análise registra a ocorrência de queda das exportações de pneumáticos, matérias primas e artefatos diversos de borracha quando medidas em dólares no acumulado do ano entre janeiro e setembro deste ano, como reflexo tanto da crise internacional quanto de problemas pontuais com importantes parceiros comerciais do setor.
 

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